sábado, 2 de março de 2013

Proposta Pedagógica

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A partir de diferentes fontes de pesquisa, a EMEI Irmãs Bernardinas apresenta sua Proposta Pedagógica. Nela, está contida a história, o contexto sociocultural, as concepções educativas da escola, sua forma de organização pedagógica, metodológica, de avaliação e formas de gestão.

1. APRESENTAÇÃO


A partir de diferentes fontes de pesquisa, a EMEI Irmãs Bernardinas apresenta sua Proposta Pedagógica. Nela, está contida a história, o contexto sociocultural, as concepções educativas da escola, sua forma de organização pedagógica, metodológica, de avaliação e formas de gestão.

A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, mereceu, no Plano Nacional de Educação, um longo diagnóstico, considerando que agora faz parte mais, do que nunca, do sistema de ensino. A partir de um acompanhamento histórico, se afirma que “no Brasil a educação das crianças menores de seis anos tem uma história de mais de 150 anos” e vem crescendo no mundo inteiro de forma bastante acelerada seja em decorrência da necessidade da família de contar com uma instituição que se encarregue do cuidado e da educação de seus filhos pequenos, principalmente quando os pais trabalham fora de casa, seja pelos argumentos advindos das ciências que investigaram o processo de desenvolvimento das crianças.

Neste sentido, repensar a educação deve ser um fazer cotidiano das Instituições de Ensino. Esta é uma prática diária da Escola Municipal de Educação Infantil Irmãs Bernardinas, já que é consciente de sua responsabilidade enquanto unidade pública de ensino.

Na história da educação no Brasil, os diferentes enfrentamentos que as escolas se deparam no seu cotidiano, as fazem carecerem de urgência no que se refere à políticas e práticas pedagógicas alicerçadas nas realidades as quais estão inseridas, pois hoje são, dentre outras, as instituições capazes de definir qual será a qualidade de vida do grupo de pessoas que a circunda.

Estando alheia ao que acontece por trás dos seus muros e portões, muitas vezes as escolas compactuam com os problemas sociais atuais e negligenciam o seu importante papel na construção de seres humanos mais conscientes e comprometidos com a situação do seu meio.

Em concordância ao que foi explicitado acima, Marx apud SOUZA (2006, p39) afirma:

...para uma educação que vise a realização e à formação de uma personalidade humana unificada e plena, é necessário considerar a educação não um problema isolado, privado, sujeito a um processo de aperfeiçoamento individual e, sim, um problema social, dependente da transformação da estrutura econômica da sociedade. Como, para ele, o homem é a essência que se faz a si mesmo, a prática educativa pode se tornar uma atividade favorável não apenas para formar pessoas, como também para transformar a sociedade.

Sempre que a sociedade defronta-se com mudanças significativas em suas bases econômicas, sociais e tecnológicas, novas atribuições passam a ser exigidas da escola, da educação e da sua gestão. Logo, sua função social também necessita ser revista, seus limites e possibilidades questionados, pois a escola e as diversas formas de se fazer educação estão inseridas na chamada “sociedade do conhecimento”, onde as profundas transformações no mundo do trabalho e nas relações sociais vêm causando impactos desestabilizadores à humanidade, e, consequentemente exigindo novos conteúdos de formação, novas formas de organização da gestão da educação, ressignificando o valor da teoria e da prática administrativa da educação.

O papel da escola, diante dessas grandes transformações, precisa ser ainda mais incisivo na sua função social. É um direito legal, que todos tenham acesso às diferentes formas que o conhecimento se apresenta.

Mas este direito contraditoriamente ainda é inacessível a grande parte da população. Desta maneira, a globalização às vezes, marginaliza as massas e privilegia apenas uma minoria.

Uma Proposta Pedagógica escolar consistente é aquela que, através da apropriação científica das necessidades da comunidade em que está inserida, estabelece princípios, meios e fins para contemplá-las em suas ações. Prioriza uma gestão democrática para que toda construção de planejamento, organização e execução das atividades escolares atinjam a maioria consolidando um ensino de qualidade.

A Proposta Pedagógica bem alicerçada também pode ser interpretada como um conjunto de princípios orientadores que expressam a razão de existir da escola com enfoque nos seus principais processos – o de ensinar e o de aprender – fundamentando uma prática pedagógica participativa e dialogada, na qual todos os segmentos atuam de uma forma integrada.

Precisa ser refletida, na Proposta Pedagógica, sua intencionalidade e seus objetivos. Proposta Pedagógica insere a escola na dinâmica social a partir de uma análise crítica do atual momento histórico, social e educacional, adequando-se aos avanços tecnológicos para promover um aluno cidadão que saiba pensar, resolver problemas, questionar, pesquisar, avaliar, criar algo novo, descobrindo-se autor e não meramente reprodutor do conhecimento e da cultura.

Evidentemente, a natureza da Proposta Pedagógica das crianças de zero a cinco anos não pode apresentar o mesmo formato das outras etapas da educação básica. Seu conteúdo deve revelar a especificidade da educação infantil, isto é, apresentar com nítida clareza os seus cenários e seus atores de forma minuciosa.

Mesmo reconhecendo essa especificidade são muitas as interrogações acerca do estabelecimento de um currículo para esse nível educacional:

- Que papel as áreas do conhecimento devem ter no currículo da Educação Infantil?

- Quais são os critérios para a seleção dos conteúdos a serem trabalhados?

- Como associar o desenvolvimento físico, afetivo e cognitivo da criança de zero a cinco anos com o conhecimento sistematizado?

- Qual a diferença entre Proposta Pedagógica e Currículo?

- O que a comunidade espera da Instituição de Ensino Infantil?

- Qual o papel de cada segmento que compõe a Escola de Educação Infantil?

- Quais as metas e objetivos que a Escola Infantil deve priorizar?

- Como inserir uma prática inclusiva que revele o respeito e uma ação adequada à diversidade e à individualidade?

- Como criar uma ação pedagógica que contemple os diferentes tempos e espaços da educação infantil?

Diante dessas indagações e na intenção de construir uma Proposta Pedagógica que vá ao encontro das demandas sociais, políticas, econômicas, culturais e tecnológicas de hoje, a EMEI Irmãs Bernardinas debruçou-se sobre o trabalho que vem sendo realizado nesta instituição até então para que se alavanque uma Proposta Pedagógica ainda mais aberta, ainda mais flexível, ainda mais crítica, para revelar de uma forma legítima o universo infantil e redimensionar novos olhares a partir das constatações feitas.

2. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO


É extremamente relevante contemplar nesta Proposta Pedagógica, a origem desta escola, a descrição de como se deu sua criação para que seja compreendida historicamente sua caminhada até os dias de hoje e para que se mantenham à luz de suas finalidades, as reais intenções de sua existência.

Os três bairros: Maria da graça, Jardim e Gaúcho careciam de um espaço além da casa para seus filhos. Um espaço em que fosse possível a interação e construção de conhecimentos variados para as crianças. Este anseio pairava na comunidade e o governo da época foi sensível para perceber esta necessidade como uma responsabilidade pública.

A EMEI Irmãs Bernardinas foi vislumbrada em 2006, quando, na época, o Senhor Prefeito João Carlos Machado determinou que a Secretária do Trabalho e Ação Social Jussara Warlet Machado transferisse a responsabilidade do prédio da Instituição Centro de Geração de Renda para a Secretaria Municipal de Educação- SME. Na época, quem administrava a referida secretaria era o Educador Milton Silveira Pereira.

A partir do pleito dos moradores do Bairro Maria da Graça, que sediava o Centro de geração de Renda, o Governo municipal, em reunião, decidiu pela criação de uma escola de educação infantil para atender as crianças das comunidades dos bairros gaúcho, Maria da Graça e Jardim, através da proposta responsável e inovadora que este governo implantou na educação municipal.

Na gestão do Prefeito Ernesto Molon, da Secretária Municipal do Trabalho e Ação Social Laci Meinard e do Secretário Municipal de Educação Milton Silveira Pereira, inicia-se o processo de adaptação para o credenciamento e autorização da nova escola, no antigo prédio do Centro de Geração de Renda.

No ano de 2007, o Prefeito Ernesto Molon delega competência ao secretário de educação para que peça autorização à Congregação das Irmãs Bernardinas a fim de que concedesse o nome Irmãs Bernardinas a este educandário, cumprindo assim, o desejo da comunidade camaqüense em homenagear as corajosas irmãs que contribuíram com a educação deste município por várias gerações. A solicitação foi aceita e este passou a ser o nome da escola.

Para dirigir esta instituição, foi indicada pelo poder público municipal, a Educadora Eliane Mancilha em 06 de fevereiro de 2008, que a partir desta data assume o importante papel de tornar o espaço, que outrora era usado para outra finalidade, possível e atraente para receber crianças de 3 a 5anos. Em seguida, as educadoras Maria Elizabeth Mendes Danelon, Luciani Raubach e Cátia Goulart Martins agregaram-se a equipe e a grande empreitada que era transformar o espaço físico e planejar as ações pedagógicas para o início das atividades letivas.

Durante o mês de fevereiro de 2008, houve grande movimentação dos profissionais para transformar o ambiente, organizar espaços, fazer pinturas, mobiliar, equipar com jogos, material de expediente, de cantina, e tudo que fosse necessário para um bom funcionamento, oferecido pela Secretaria Municipal de Educação e outras parcerias com a comunidade local. Esta preocupação das profissionais com a adaptação espacial da escola, com a estética, com a construção de ambientes atrativos e ao mesmo tempo estimuladores já revelava que a escola teria características peculiares e seria fundamentada através de bons críticos da educação.

O espaço existente, sendo alvenaria, com uma infra-estrutura de trezentos metros quadrados, foi distribuído em duas salas de atividades, uma sala de direção e supervisão, uma sala de atividades múltiplas, secretaria, banheiros infantil masculino e feminino adaptados para alunos com necessidades educativas especiais, refeitório, cozinha, almoxarifado e área coberta.

O pátio espaçoso foi pintado e nele acrescentado alguns brinquedos infantis na parte da frente do prédio.

Os diversos materiais e mobiliários foram distribuídos entre as salas que são amplas, arejadas e apresentam boa luminosidade.
Paralelamente a esta estruturação física, a escola foi unindo-se e adaptando-se aos órgãos que garantiriam a legitimidade do trabalho que ali seria realizado: Alvará de Licença para localização e Funcionamento, Referencial Curricular Nacional Educação Infantil, Conselho Municipal e Estadual de Educação e suas exigências, Licença da vigilância Sanitária, LDB 9394/96.

No dia 10 de março de 2008, a escola abre suas portas para 25 crianças de 2 anos e meio a 4 anos: famílias e crianças ansiosas, direção e professores entusiasmados era o retrato do primeiro dia de aula deste educandário.

A partir deste momento, muitas reuniões pedagógicas da Equipe Escolar aconteceram para se alinhavar fazeres no intuito de transformar a escola num ambiente para todos: para os colaboradores, para os alunos, para as famílias e para a comunidade. Conforme se passavam os dias, crianças, pais, comunidade e professores estabeleciam um vínculo de confiança e de parceria entre si.

Ao sentirem-se valorizadas e cada vez mais parte do processo escolar, as famílias uniram-se à Escola para buscar recursos materiais afim de complementar nas necessidades pedagógicas e de manutenção da escola.

O envolvimento das famílias na promoção de educação às crianças depende do tipo de relação que a escola tem com estas, pois

Uma instituição com o atendimento de crianças de educação infantil sempre está localizada em uma comunidade, mas nem sempre faz parte dela. Muitas vezes, as instituições encontram-se isoladas e fechadas para seu meio. Se desejamos criar uma instituição que tenha um projeto educativo realmente articulado com a comunidade, é importante que tenhamos a coragem de abrir as portas que nos separam das comunidades e que procuremos estabelecer um novo tipo de relação com elas(CRAIDY 1999, p.28).

No dia 02 de abril de 2008, à Rua Arlindo Cardoso, nº 181, sob a lei de criação 1080/2007 de 18/09/2007, a escola tem seu evento de inauguração: autoridades do governo, personalidades do município e toda comunidade se fizeram presentes. Na ocasião, o Prefeito Ernesto Molon e o Secretário de Educação Milton Silveira Pereira delegaram à Diretora Eliane Mancilha as responsabilidades administrativas e pedagógicas do educandário. A referida diretora, por sua vez manifestou sua imensa satisfação e entrega a este ofício prometendo à comunidade atender as expectativas e lutar por melhores condições de educação e de vida para todos.

A partir deste evento houve muita procura por vaga e com os passar dos meses, o trabalho da escola começou a repercutir positivamente e em muito pouco tempo, já se tornou uma escola referência no atendimento à criança pequena. No final de 2008 já haviam 70 crianças matriculadas nos turnos manhã e tarde.

A primeira Proposta Pedagógica da escola foi construída ao longo de 2008 a partir das investigações das necessidades da comunidade, das crianças enquanto sujeitos do processo educativo e das leis que regem a educação nacional.

Esta proposta contemplava um ensino baseado em diferentes correntes teóricas, mas, a partir da sugestão da Secretaria Municipal de Educação, a “Teoria das Inteligências Múltiplas” era o carro chefe da ação pedagógica diária das Escolas de Educação Infantil do município. Tinha como objetivo contribuir para o desenvolvimento integral da criança, com ênfase na autonomia e na aquisição de competências, aprimorando o desenvolvimento intelectual e moral respeitando seus diferentes modos de pensar.

O “Projeto Piloto”, que faz parte da Proposta Pedagógica da escola, sempre busca temas relevantes e significativos para ser desenvolvido ao longo de um ano letivo. Este sempre tem objetivos globais que perpassam o planejamento diário dos professores e são transdisciplinares, ou seja, transcendem o espaço escola sendo ações que repercutem na comunidade camaquense.

Em 2009, com a posse da nova gestão da Secretaria Municipal de Educação, que tinha como secretário o Senhor Jorge Jardim e as Supervisoras da Educação Infantil Jussara Haas e Sandra Machado, a escola se viu diante de um grande desafio: conhecer, estudar e adequar o espaço físico, adquirir materiais específicos para uma nova forma de ensinar e aprender. Foi o Método Montessoriano que trouxe uma grande contribuição para o desenvolvimento dos alunos. Meses depois, percebeu-se que a inserção de mais este fazer na metodologia dos professores trouxe bons resultados na qualidade da aprendizagem. E através de pesquisas, a certeza do ganho pedagógico das escolas com o Método Montessoriano se revelou.

Este fazer Montessoriano se apresentará detalhadamente nesta reestruturação da Proposta Pedagógica.

Um grande marco na história da escola foi a Inauguração da Biblioteca Maria Elizabeth Mendes Danelon, que aconteceu junto a II Feira Literária em setembro de 2010. Este nome foi uma merecida homenagem à primeira supervisora da escola que muito contribuiu em sua estruturação física e pedagógica. Com este espaço estruturado, muitas estratégias no quesito linguagem a partir daquela data se tornaram possíveis.

Por determinado tempo, a primeira proposta da escola deu conta de contemplar seus objetivos, mas partindo do pressuposto que a educação é um processo dinâmico, mutável e provisório, está sendo necessário conceber a escola sob uma ótica ainda mais global e contemporânea.

Hoje, final de 2011, com três anos e meio de existência, a EMEI Irmãs Bernardinas vive uma nova realidade educacional: já somam-se 120 crianças entre 3 e 5 anos distribuídas nas turmas Maternal, Pré-nível 1 e Pré-nível

O quadro funcional da escola é formado por quatro professores, cinco monitores, três funcionários mais a diretora, supervisor e secretária.

Algo que deixou a escola muito entusiasmada, que a mesma já tem em mãos e já foi licitado, foi o projeto de ampliação da escola para que seja possível receber mais 80 crianças em 2012.

Percebe-se que a clientela mudou, se tornou mais exigente, acompanha de forma mais efetiva o trabalho da escola e avalia a qualidade dos avanços de seus filhos em relação aos aspectos pertinentes a um ensino infantil: relacionamento interpessoal, autonomia, psicomotricidade, valores, atitudes, boas maneiras, organização, linguagem, criticidade.

A verdade é que as crianças desta escola, com as dimensões que são trabalhadas e a forma que se organizam pedagogicamente tornam-se ativas, autônomas, curiosas e espontâneas. E a pergunta entre os profissionais é a mesma: Como dar conta de todas as necessidades do universo infantil?

Somente com uma proposta bem adequada aos interesses e necessidades das crianças, com o respeito à individualidade de cada uma, com uma seleção de conteúdos condizentes com o que a sociedade de hoje exige como ferramenta para resolver situações que se apresentam ao longo da vida é que a escola continuará trabalhando em prol de tamanha responsabilidade.

3. CONTEXTO SOCIOCULTURAL NO QUAL A INSTITUIÇÃO SE INSERE.






Existem diferenças entre as culturas: um exemplo são duas crianças situadas em posições radicalmente diferentes: uma que mora numa cidade bastante pequena do interior e outra que mora numa capital. As atividades cotidianas dessas duas crianças, os lugares que freqüentam, as pessoas com quem convivem, as verdades em que acreditam, os modelos sociais que entendem como corretos ou errados, os produtos culturais que consomem, tudo isso determina os modos como essas crianças vivem e determina então, a cultura infantil delas. As culturas infantis variam de acordo com o meio social e cultural em que elas vivem.

Em diferentes espaços, difere a forma com que a criança é concebida: se ela tem seus direitos garantidos, se são oferecidos a elas espaços e atividades condizentes com sua faixa etária, se são ouvidas, se são estimuladas a desenvolver suas potencialidades e sobre tudo se são ampliadas as suas condições de expandirem suas visões de mundo no contraste com outras culturas.

O mundo de hoje não é o mesmo mundo em que a escola foi criada. Toda administração escolar deve desenvolver suas atividades levando em conta o tempo e o espaço em que vive sua clientela.

Ao longo dos anos, foi povoado com pessoas de diferentes esferas: habitantes que antes residiam na zona da várzea e da serra, habitantes que outrora viviam em cidades vizinhas. Hoje são os descendentes destes primeiros habitantes juntamente com novos moradores que compõe este espaço da cidade.

No bairro, localiza-se alguns estabelecimentos importantes e que geram trabalho e renda para esta parcela da população: supermercado macla, supermercado carlau, Cesa alimentos, Guaibarroz alimentos, madeireiras, posto de combustível, etc. O Sindicato Rural de Camaquã também está no bairro sendo um dos espaços que mais proporciona lazer e entretenimento para as pessoas por exemplo festas como Gastronomia do Arroz, Aldeia Gospel, Fafec, Abertura da Colheira do arroz, Expocamaquã, etc.

O CTG (Centro de Tradições Gaúchas) também localiza-se próximo ao bairro. Os moradores acompanham a programação do mesmo e cultuam a tradição gaúcha que caracteriza este local.

A Igreja Santa Terezinha recebe os fiéis católicos do bairro. Promove alguns eventos como festas populares no dia da Santa, almoços e jantares com baile e apresentações de artistas locais.

As escolas municipais também movimentam uma grande parte da vivência de cultura e lazer para os moradores do bairro. Estão sempre buscando integrar famílias, proporcionar atividades culturais, esportivas, passeios educativos, passeios de lazer e palestras de cunho educativo, social, psicológico e cultural.
Não existem no bairro área de lazer como praças e/ou espaços para prática de esportes e são limitadas as possibilidades de locomoção da comunidade para usufruir destes locais da cidade.

É importante ressaltar que algumas famílias não residem no bairro da escola. São advindas de diferentes localidades da cidade. Para locomoverem-se até a escola as famílias mesmas trazem ou locam transporte escolar.

Foi realizada uma pesquisa sociocultural com as famílias dos alunos da EMEI Irmãs Bernardinas para que se tornassem explícitas as condições de vida, as profissões mais comuns, os anseios sobre o bairro e as impressões sobre a qualidade de ensino da escola de seus filhos.

Na sua maioria, a comunidade escolar dispõe de uma renda que dá conta ou vai além dos gastos com as necessidades básicas de vida. Grande parte, pai e mãe trabalham fora do lar. Isso possibilita uma maior inserção social no que se refere a participar das atividades que o município promove mas desfavorece o tempo que esta família pode oferecer em estar com seus filhos, já que a infância precisa de um olhar todo especial por parte da família.

Muitas profissões retratam as famílias da escola, dentre as mais citadas apresentam-se: empregadas domésticas, técnicas em enfermagem, cozinheiras, secretárias, cabeleireiras, funcionárias públicas, professoras, empresários, caminhoneiros, pintores, comerciárias, manicures, assistentes sociais, brigadianos, seguranças, atendentes de farmácia, construtor civil, frentistas, caixa operadora, funileiros,etc.

Nem todas as famílias são satisfeitas com as condições dos bairros em que residem: algumas questionam a falta de manutenção das ruas que são esburacadas e embarradas principalmente no inverno, e a intensa poeira nos dias sem chuva, outras questionam a existência de boeiros rasos que não suportam a água da chuva, há aqueles que não enxergam o trabalho da segurança, pois a Brigada Militar não se manifesta a não ser que sejam acionados, etc. Outras famílias reconhecem que o seu bairro dispõe de uma certa tranquilidade, existe posto de saúde próximo a casa, etc.

Os lugares e os eventos que as famílias costumam frequentar no bairro e/ou na cidade são: praça, casa de familiares, programações das escolas, festas populares como São João, Gastronomia do Arroz, CTG, Barragem do Arroio Duro, Prainha, restaurantes, igrejas, entre outros.

Ao constatar que as famílias vão à praça e locais de recreação com seus filhos, conclui-se que existe uma preocupação com o desenvolvimento motor e social das crianças. Esta prática contribui com o trabalho da escola que não se vê solitária nas questões do desenvolvimento infantil e sabe que pode contar com o apoio da família para auxiliar ou dar continuidade em casa nas atividades da escola.

Percebe-se que atividades culturais não fazem parte do planejamento de lazer das famílias ou por desconhecimento, por falta de hábito ou interesse. Daí o papel da escola de proporcionar a aquisição destas informações da cidade às famílias, divulgando os eventos como peças de teatro, exposições de arte, atividades musicais que por vezes são realizadas na cidade. A escola possui um painel informativo onde os folders destes eventos são expostos semanalmente.

A cultura de um determinado local está posta historicamente. Compreende-se que a responsabilidade de uma escola é ampliar a visão cultural desta geração oportunizando o estímulo a transitarem por diversas formas de representação cultural e artística.

Para que a escola se alicerce cada vez mais nos interesses da comunidade e vá ao encontro das expectativas da mesma, é necessário de tempo em tempo, identificar o nível de satisfação das famílias. Questionadas sobre este quesito, noventa e cinco por cento dos entrevistados disseram que escolheram esta escola para seus filhos por ouvirem falar do conceito em qualidade de ensino da mesma e com o ingresso do seu filho puderam confirmar esta característica da escola. Justificaram a resposta dizendo que a escola possibilita o desenvolvimento integral, media com seriedade a relação interpessoal e a aprendizagem, estimula o raciocínio, a autonomia e a apropriação dos valores essenciais à vida.
Através do conhecimento do contexto sociocultural em que a comunidade está inserida e das impressões a respeito do trabalho que a escola realiza, busca-se a cada dia ser o mais transparente possível, ultrapassando os conhecimentos fundamentais e desenvolvendo nos alunos mecanizamos de resolução de problemas e formas de enxergar a vida de forma crítica e reflexiva.

4. CONCEPÇÕES NORTEADORAS DO TRABALHO

A EMEI Irmãs Bernardinas, com sua prática, reafirma a cada dia o seu caráter educativo e desmistifica a concepção assistencialista que por muitos anos predominou nas instituições infantis, principalmente das redes públicas.

Os indicadores legais são ferramentas indispensáveis para sustentar uma escola que quer apresentar uma prática voltada ao desenvolvimento integral e à valorização do ser humano em sua diversidade.

Como afirma Silva (2003), nos documentos oficiais produzidos pelo Ministério da Educação e nas propostas elaboradas por vários educadores têm predominado o uso de propostas pedagógicas e currículo quase como sinônimos, indicando um sentido amplo, uma definição sobre o tipo de escola que se deseja e a explicitação de uma orientação geral às escolas, visando a melhoria do atendimento educacional às crianças de zero a cinco anos mediante uma ordenação, uma organização e sistematização das atividades educativas a serem concretizadas.

As indicações legais da Lei 9.394/96 e a resolução CEB 1, de 7 de abril de 1999, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil norteiam o trabalho da escola. De acordo com estas diretrizes, a EMEI Irmãs Bernardinas é alicerçada pelos princípios éticos, da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum; pelos princípios políticos dos direitos e deveres de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática e pelos princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.

A Educação infantil é direito de todos, mas não é obrigatória, cabendo à família encaminhar ou não a criança. É ofertada em complementação à ação da família que tem responsabilidades com relação à educação de seus filhos.

Esta escola infantil tem como premissa divulgar amplamente na comunidade os benefícios para a criança em frequentar a educação infantil e estimular as famílias que acompanhem o trabalho que é desenvolvido no interior da escola.

Tanto educadores como economistas acreditam na formação oferecida na educação infantil, sendo que as pesquisas apontam que as crianças que passam por ela têm melhor desempenho no ensino fundamental, inclusive permanecem mais tempo nessa etapa. Nesta escola, a educação Infantil é vista como um direito e até como um investimento.

As concepções intrínsecas ao trabalho cotidiano da EMEI Irmãs Bernardinas são:

4.1 Concepção de sociedade: Composição de pessoas que se articulam em grupos sob sistema de necessidades e normas comuns, estabelecidas culturalmente ou através da legislação vigente. Têm em comum o objetivo de conviver em harmonia, com igualdade de condições e igualdade de direitos consequentemente assumindo papeis diferente como cidadãos.

4.2 Concepção de ser humano: Ser situado no tempo e no espaço, inserido num contexto histórico-social. Sujeito de reflexão e ação sobre si, seus semelhantes e sobre o mundo que o cerca com o fim de preserva-lo e transformá-lo.

4.3 Concepção de criança: Seres singulares, de diferentes espaços e diferentes culturas que sentem e pensam de um jeito próprio.

4.4 Concepção de desenvolvimento e aprendizagem: Processos naturais do ser humano que necessitam de estímulos, intervenções, métodos e planejamentos para que ocorram com o êxito satisfatório.



4.5 Concepção de cuidar: Valorizar e ajudar a desenvolver capacidades das dimensões afetiva e relacional. Abrange cuidados com os aspectos biológicos do corpo, a dimensão afetiva, a identificação das necessidades sentidas pelas crianças no ambiente escolar, a qualidade da alimentação, os cuidados com a saúde, assim como o cuidado no oferecimento de oportunidades de acesso a diversos conhecimentos.

4.6 Concepção de educar: Oportunizar à criança situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural

4.7 Concepção de brincar: Compreender brincadeira como uma linguagem infantil, como uma ação no plano da imaginação, que remete no âmbito da linguagem simbólica. Oferecer às crianças espaço e material adequado que permitam o enriquecimento de competências imaginativas, criativas e organizacionais.

A escola, a partir destas concepções, consegue alimentar uma prática pedagógica que educa para a vida, tem consciência da valorização das particularidades humanas e consegue dar conta dos enfrentamentos e projetar ações cada vez mais consistentes e cada vez mais acertivas.

5. FINALIDADES E OBJETIVOS

A EMEI Irmãs Bernardinas tem consciência que está desenvolvendo seu trabalho em um espaço específico, para uma clientela específica, num tempo específico. Neste sentido, adquire cada vez mais maturidade para legitimar suas práticas de acordo com as finalidades da educação infantil estabelecidas em lei e para atingir seus objetivos.

A educação infantil constitui-se em uma etapa da educação básica abrangendo a faixa etária de zero a cinco anos. Este olhar do Ministério da Educação para a educação infantil foi um grande avanço educacional e uma grande conquista da sociedade, pois hoje esta etapa encontra-se respaldada nas leis maiores como a Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Plano Nacional de Educação.

5.1 Princípios, fins e objetivos da Educação Nacional A Educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

· Igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola;

· Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;

· Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

· Respeito à liberdade e apreço a tolerância;

· Coexistência de Instituições públicas e privadas de ensino;

· Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

· Valorização do profissional da educação escolar;

· Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;

· Garantia de padrão de qualidade;

· Valorização da experiência extra-escolar;

· Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;

5.2 Fins da Educação Básica

A Educação Básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhes formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

5.3 Fins da Educação Infantil

A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

5.4 Princípios do Nível de Ensino

Considerando-se as especificidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas das crianças, a qualidade das experiências oferecidas que podem contribuir para o exercício da cidadania devem estar embasadas nos seguintes princípios:

O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas as suas diferenças individuais, sociais, econômicas. Culturais, étnicas e religiosas;
O direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil;
O acesso das crianças aos bens sócio-culturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética;
A socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas e sociais, sem discriminação de espécie alguma;
O atendimento aos cuidados essenciais, associadas a sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade.

5.5 Objetivos da Educação Infantil

desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;
descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar;
estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;
estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;
observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conservação;
brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;
utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;
conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade.

5.6 Objetivos da Educação Especial

A Escola em consonância com os princípios da Educação Inclusiva, atende crianças que apresentam Necessidades Educativas Especiais, em turmas de creche e pré-escola, contando para tal com:

experiência do seu corpo docente e da Equipe Diretiva(Diretor, Vice-diretor, Supervisor Escolar);
Equipe Multiprofissional da Secretaria Municipal de Educação, responsável pela Educação Especial no Sistema Municipal de Ensino;
Onde houver turmas que atendam crianças com necessidades semelhantes ou 2(duas) crianças com necessidades diferenciadas, nesses casos as turmas devem ser reduzidas, obrigatoriamente em 30%, conforme legislação vigente;
Flexibilização e adaptações nos Planos de Atividades, Planos de Trabalho dos professores, metodologia e recursos didáticos e pedagógicos diferenciados e adequados às crianças que apresentam Necessidades Educativas Especiais.

Dentro das suas possibilidades humanas e materiais, a EMEI Irmãs Bernardinas organiza-se curricularmente para atender as diferentes especificidades dos alunos. Os professores recebem formação e orientação teórica e metodológica para poderem contribuir com o desenvolvimento de cada um. A Escola busca constantemente subsidiar professores e crianças com materiais e recursos necessários para cada vez mais desenvolver sua Proposta Pedagógica de forma consistente e de qualidade.

É importante destacar a respeito da educação infantil como primeira etapa da educação básica:

* A necessidade de que a educação infantil promova o desenvolvimento do indivíduo em todos os seus aspectos, de forma integral e integrada, constituindo – se no alicerce para o pleno desenvolvimento do educando. O desenvolvimento integral da criança na faixa etária de 0 a 6 anos torna – se imprescindível a indissociabilidade das funções de educar e cuidar.

* Sendo a ação da educação infantil complementar à da família e à da comunidade, deve estar com essas articuladas, o que envolve a busca constante do diálogo com as mesmas, mas também implica um papel específico das instituições de educação infantil no sentido de ampliação das experiências, dos conhecimentos da criança, seu interesse pelo ser humano, pelo processo de transformação da natureza e pela convivência em sociedade.

* Ao explicitar que a avaliação na educação infantil não tem objetivo de promoção e não constitui pré – requisito para acesso ao ensino fundamental, a LDB traz uma posição clara contra as práticas de alguns sistemas e instituições que retêm as crianças na pré – escola até que se alfabetizem, impedindo seu acesso ao ensino fundamental aos sete anos.

* Avaliação pressupõe sempre referências, critérios, objetivos e deve ser orientadora, ou seja, deve visar o aprimoramento da ação educativa, assim como o acompanhamento e registro do desenvolvimento (integral, conforme Art. 29) da criança deverá ter como referência objetivos estabelecidos no projeto pedagógico da instituição e o professor. Isto exige que o profissional da educação infantil desenvolva habilidades de observação e de registro do desenvolvimento da criança e que reflita permanentemente sobre sua prática, aperfeiçoando – a no sentido do alcance dos objetivos.

Através da busca de informações sobre o que se espera da escola, construiu-se a Missão, Visão, Valores e Objetivos da mesma:

5.6.1 Missão

Atender com qualidade crianças de três a cinco anos nos aspectos social, emocional e cognitivo, ampliando sua visão crítica e reflexiva acerca do mundo para que seja capaz de ressignificá-lo.

5.6.2 Visão

Ser uma escola infantil de referência estadual no atendimento integral à criança e no desenvolvimento de suas potencialidade.

5.6.3 Valores

-Formação continuada;

- Integração com a comunidade;

- Ética;

- Compromisso social;

- ênfase nos estímulos e nos espaços;

- Respeito aos direitos das crianças;

- Formação de Parcerias.

5.6.4 Objetivos da Escola

Com base no diagnóstico das necessidades e para o desenvolvimento de um trabalho de excelência educacional a Escola Municipal de Educação Infantil institui os seguintes objetivos:

- Primar pelos eixos educar e cuidar;

- Tornar a criança mais autônoma, segura, crítica e comprometida com seu meio através das inteligências múltiplas;

- Considerar os direitos das crianças no trato com elas;

- Divulgar amplamente à comunidade e à escola os benefícios de uma educação infantil intencional e estimuladora na escola e em casa;

- Desenvolver os valores como a ética, a estética, a solidariedade, a valorização e respeito ao outro.

6. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO TRABALHO

A concepção de educação infantil de uma escola pode ser percebida por diversos aspectos: a organização do ambiente, a organização dos materiais, o trato com as crianças, como é distribuído o tempo para as atividades e que atividades são propostas às crianças. Esta mesma concepção revela o tipo de linha de trabalho que cada escola estabelece como forma de organização pedagógica e interfere diretamente no pensar e no agir das crianças e consequentemente compromete ou avança uma sociedade inteira.

A equipe gestora da EMEI Irmãs Bernardinas tem plena convicção do seu papel. Deve prever objetivos e metas para instigar nos envolvidos com o processo de educar e cuidar, a formação necessária e a motivação para interagir conscientemente com as crianças.Também é tarefa da equipe gestora zelar pela boa conservação do prédio, pela organização dos espaços, pela qualidade da higiene e da alimentação oferecida.

6.1 Organização do currículo

A educação infantil prevê uma infinidade de saberes que devem permear a prática pedagógica de uma instituição. A EMEI Irmãs Bernardinas tem uma extrema preocupação para que se garanta às crianças o desenvolvimento das capacidades de natureza global e afetiva, a dimensão atitudinal, os esquemas simbólicos de interação com os outros e com o meio, numa atitude básica de aceitação, respeito e confiança entre todos. Também preocupa-se em considerar em seu currículo o trabalho com a cultura, com a capacidade de articular na vida prática as diferentes linguagens.

Baseando-se nas necessidades da comunidade, nas Diretrizes Curriculares Nacional para Educação Infantil, nos Planos de Trabalho construídos com as Instituições de Educação Infantil sob a orientação da SME, criou-se uma espécie de listagem dos principais saberes que darão as crianças habilidades e competências que a tornarão mais independentes e capazes de realizarem ações por si só.

Neste sentido as atividades Montessorianas criam inúmeras condições para o desenvolvimento destes valores.

Para Montessori, o trabalho do professor alicerça-se nos seguintes princípios:

· Ajudar a criança a seu / sua habilidade mental e física para trabalhar adequadamente no ambiente (normalização);

· Allow children to have freedom coupled with responsibility, which then leads to self-respect, security, and creativity, which in turn leads to collaboration and cooperation Permita que as crianças têm liberdade com responsabilidade, que depois leva à auto-estima, segurança e criatividade, que por sua vez leva a colaboração e cooperação;

· Create in the child the sense of independence, self-discipline, concentration motivation and sensitivity to things around him Criar na criança o senso de independência motivação, a concentração de auto-disciplina, e sensibilidade para as coisas ao seu redor;

· Educate the whole child, with activities and lessons designed to promote the development of social skills, emotional growth, physical coordination, as well as cognitive preparation Educar a criança como um todo, com atividades e aulas destinadas a promover o desenvolvimento de habilidades sociais, o crescimento emocional, coordenação física, bem como a preparação cognitiva;

· Help children acquire a sense of common humanity that binds peoples of all races and cultures together so that they might grow up to contribute to a more peaceful and cooperative world Ajudar as crianças a adquirir um senso de humanidade comum que une os povos de todas as raças e culturas em conjunto para que eles possam crescer e contribuir para um mundo mais pacífico e cooperativo;

· Develop a positive attitude towards school and learning Desenvolver uma atitude positiva em relação à escola e aprendizagem;

· Develop a healthy sense of self-confidence Desenvolver um senso saudável de auto-confiança;

· Form extended habits of concentration, initiative, and persistence Hábitos de forma estendida de concentração, iniciativa e persistência;

· Provide a carefully planned, stimulating environment where children are free to respond to their natural drive to work and learn Proporcionar um ambiente cuidadosamente planejado, estimulando onde as crianças são livres para responder a sua movimentação natural de trabalhar e aprender;

· Awaken the child's sense of imagination Despertar sentimento da criança de imaginação;

· Encourage the child's desire for independence and high-self esteem Incentivar o desejo da criança pela independência e alta auto-estima;

· Help the child develop the kindness, courtesy, and self-discipline that will allow him/her to become a full member of society Ajudar a criança a desenvolver a gentileza, cortesia e auto-disciplina que permitirá que ele / ela para se tornar um membro pleno da sociedade;

· Help the child learn how to observe, question, and explore ideas independently Ajudar a criança a aprender a observar, questionar e explorar idéias de forma independente;

· Free the child to pursue knowledge and skills most relevant to him or her at a pace that is most comfortable A criança livre para buscar o conhecimento e as habilidades mais relevantes para ele ou ela em um ritmo que é mais confortável;

· Encourage the child's inherent love of learning Incentivar o amor inerente da criança de aprender;

· Create a culture of consistency, order, and empowerment Criar uma cultura de consistência, ordem e empowerment .

Aliado a Metodologia Montessori, a Escola de Educação Infantil Irmãs Bernardinas desenvolve o estímulo às Inteligências Múltiplas. Segundo Howard Gardner, o ser humano seria proprietário de oito pontos diferentes de seu cérebro onde abrigariam diferentes inteligências:

· Inteligência Linguistica:

Os componentes centrais da inteligência lingüistica são uma sensibilidade para os sons, ritmos e significados das palavras, além de uma especial percepção das diferentes funções da linguagem. É a habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir idéias. Gardner indica que é a habilidade exibida na sua maior intensidade pelos poetas. Em crianças, esta habilidade se manifesta através da capacidade para contar histórias originais ou para relatar, com precisão, experiências vividas.

· Inteligência Lógico-Matemática:

Os componentes centrais desta inteligência são descritos por Gardner como uma sensibilidade para padrões, ordem e sistematização. É a habilidade para explorar relações, categorias e padrões, através da manipulação de objetos ou símbolos, e para experimentar de forma controlada; é a habilidade para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. É a inteligência característica de matemáticos e cientistas Gardner, porém, explica que, embora o talento cientifico e o talento matemático possam estar presentes num mesmo indivíduo, os motivos que movem as ações dos cientistas e dos matemáticos não são os mesmos. Enquanto os matemáticos desejam criar um mundo abstrato consistente, os cientistas pretendem explicar a natureza. A criança com especial aptidão nesta inteligência demonstra facilidade para contar e fazer cálculos matemáticos e para criar notações práticas de seu raciocínio.

· Inteligência Espacial:

Gardner descreve a inteligência espacial como a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. É a habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das percepções iniciais, criar tensão, equilíbrio e composição, numa representação visual ou espacial. É a inteligência dos artistas plásticos, dos engenheiros e dos arquitetos. Em crianças pequenas, o potencial especial nessa inteligência é percebido através da habilidade para quebra-cabeças e outros jogos espaciais e a atenção a detalhes visuais.

· Musical:

Esta inteligência se manifesta através de uma habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical. Inclui discriminação de sons, habilidade para perceber temas musicais, sensibilidade para ritmos, texturas e timbre, e habilidade para produzir e/ou reproduzir música. A criança pequena com habilidade musical especial percebe desde cedo diferentes sons no seu ambiente e, freqüentemente, canta para si mesma.

· Cinestésico-Corporal:

Esta inteligência se refere à habilidade para resolver problemas ou criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo. É a habilidade para usar a coordenação grossa ou fina em esportes, artes cênicas ou plásticas no controle dos movimentos do corpo e na manipulação de objetos com destreza. A criança especialmente dotada na inteligência cinestésica se move com graça e expressão a partir de estímulos musicais ou verbais demonstra uma grande habilidade atlética ou uma coordenação fina apurada.

· Pictória:

A existência dessa inteligência é defendida por um pesquisador brasileiro, pernambucano de Olinda, Nilson Jose Machado. É a capacidade de representação pelo desenho e extrema sensibilidade pela pintura. São pessoas que criam personagens que falam por si mesmo, sem ter necessidade de dizer nenhuma palavra.

· Naturalista:

Está ligada à compreensão do ambiente e à paisagem natural. Permite a leitura dos desafios da vida animal e também da afinidade inata dos seres humanos por outras formas de vida. Charles Darwin, o autor da teoria evolucionista da espécie humana, foi um exemplo de desenvolvimento dessa competência.

· Inteligências Pessoais:

a) Intrapessoal

Esta inteligência é o correlativo interno da inteligência interpessoal, isto é, a habilidade para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e idéias, para discriminá-los e lançar mão deles na solução de problemas pessoais. É o reconhecimento de habilidades, necessidades, desejos e inteligências próprios, a capacidade para formular uma imagem precisa de si próprio e a habilidade para usar essa imagem para funcionar de forma efetiva. Como esta inteligência é a mais pessoal de todas, ela só é observável através dos sistemas simbólicos das outras inteligências, ou seja, através de manifestações lingüisticas, musicais ou cinestésicas.

b) interpessoal

Esta inteligência pode ser descrita como uma habilidade pare entender e responder adequadamente a humores, temperamentos motivações e desejos de outras pessoas. Ela é melhor apreciada na observação de psicoterapeutas, professores, políticos e vendedores bem sucedidos. Na sua forma mais primitiva, a inteligência interpessoal se manifesta em crianças pequenas como a habilidade para distinguir pessoas, e na sua forma mais avançada, como a habilidade para perceber intenções e desejos de outras pessoas e para reagir apropriadamente a partir dessa percepção. Crianças especialmente dotadas demonstram muito cedo uma habilidade para liderar outras crianças, uma vez que são extremamente sensíveis às necessidades e sentimentos de outros.

Acrescenta-se ainda:

· Vida Prática:

A vida prática é a base do ambiente montessoriano, fornece uma ampla e saudável gama de atividades que permitem às crianças desenvolverem o controle e a coordenação de movimentos, consciência de seu meio ambiente, padrões de pensamento ordenado, hábitos de trabalho independente, responsabilidades e muitas outras características que só pode ser alcançado através do trabalho espontâneo e propostal.

· Sensorial:

Materiais sensoriais permitem o trabalho individual e repetição, e permite que as crianças adquiram individualmente suas impressões sensoriais de uma forma organizada em ordem e científica. Eles têm construído em um controle de erro, que constrói na criança o hábito de trabalhar de forma independente, sem medo de errar, tornando-se confortável no fato de que os erros são essenciais para o processo de aprendizagem.

6.2 Organização dos tempos

O quesito “Tempo” na escola de educação infantil é de suma importância considerando que as crianças pequenas não se satisfazem nem se concentram em atividades muito prolongadas. Neste caso, é necessário pensar em atividades variadas e significativas para compor o tempo da criança na escola.

Para uma organização temporal que contemple as necessidades de todas as crianças, é necessário entender o universo infantil como necessidades fisiológicas, faixa etária, interesses, materiais estimuladores do conhecimento, necessidade da família, etc. BARBOSA; HORN 2001, p.68 afirma que:

O cotidiano de uma escola Infantil tem de prever momentos diferenciados que certamente não se organizarão da mesma forma para crianças maiores e menores. Diversos tipos de atividades envolverão a jornada diária das crianças e dos adultos: o horário de chegada, a alimentação, a higiene, o repouso, as brincadeiras – os jogos diversificados – como o faz-de-conta, os jogos imitativos e motores, de exploração de materiais gráfico e plástico – os livros de histórias, as atividades coordenadas pelos adultos e outras.

A EMEI Irmãs Bernardinas atende crianças de 3 a 5 anos, sendo três turmas nos turnos manhã e três turmas no turno tarde. As crianças dispõe de quatro horas de aula distribuídas em várias situações de aprendizagem coordenadas pelo professor.

O ano letivo escolar desta instituição compõe-se de duzentos dias letivos ou mais conforme calendário construído com as escolas de educação infantil e a Secretaria Municipal de Educação. Este calendário que serve como parâmetro municipal contempla os dias letivos, feriados, reuniões pedagógicas e demais atividades previstas para o ano escolar. Ao longo do ano, a educação infantil do município prevê férias para as crianças apenas no mês de janeiro.

A primeira estratégia da escola no início do período letivo é a inserção da criança na escola. Este é um período que exige da equipe escolar um olhar especial sobre tudo e sobre todos. Os colaboradores passam por um período de estudos teóricos sobre a inserção destas crianças. Cada ano, mesmo que muitas crianças já tenham freqüentado a escola, é uma nova realidade pois muda sala de aula, materiais, professores, mobiliários, colegas, etc.

Rossetti-Ferreira (2000) afirma que para cada criança o processo de inserção acontecerá de uma forma diferente: algumas pessoas ficam mais sensíveis, outras mais atentas aos pequenos fatos que acontecem como comentários, gestos, etc.

A escola se projeta para facilitar e não causar entraves neste processo: permite que a família conheça a escola, permaneça na escola durante a aula, permite que a criança explore o ambiente e os materiais sem regras rígidas. O trabalho burocrático é deixado de lado e todos os profissionais se envolvem neste processo.

Nas duas primeiras semanas de aula, todas as crianças matriculadas frequentam a escola, mas o período de permanência das mesmas é reduzido e vai ampliando gradativamente conforme vai se solidificando uma maior segurança e confiança tanto das crianças quanto das famílias em relação à escola.

No período de inserção em que as crianças não estão mais na escola, é feita pela professora titular e monitora da turma uma entrevista para que se tenham informações sobre a vida e o desenvolvimento da criança desde os primeiros meses de gestação da mãe.

É importante considerar que a educação infantil recebe alunos durante todo período letivo, tendo que se preparar para inserir alunos novos o tempo todo. Este processo acontece de forma planejada. Os professores desenvolvem projetos para que a interação e o acesso ao conhecimento da criança nova na escola, mesmo com os trabalhos em andamento, aconteça efetiva e organizadamente.

A rotina diária da instituição nada mais é do que a prática do planejamento do professor. É a sequência de diferentes atividades que acontecem no dia a dia da escola infantil sendo esta sequencia quem possibilitará à criança se orientar no tempo e no espaço. Contempla atividades coletivas, individuais, de cuidado pessoal, atividades com e sem a intervenção direta do professor.

Na EMEI Irmãs Bernardinas a rotina não se torna “rotina” como algo chato, repetitivo e inflexível. Os professores planejam suas aulas com uma diversidade de possibilidades e desta forma, o tempo se torna produtivo e favorece a construção do conhecimento dos alunos.

A entrada é o momento do carinho e da atenção às crianças e às famílias. Durante a espera pelo horário, os professores já estão conversando com as crianças, organizando seu material e atendendo as famílias que sempre tem alguma dúvida sobre as atividades da escola.

Assim que o sinal é dado e as crianças se despedem das famílias para irem para suas salas de aula, os professores já tem a tarefa de promover a interação, o diálogo, a brincadeira entre seu grupo de alunos. No primeiro momento acontece a rodinha, com a hora da novidade (momento em que um aluno traz uma situação que viveu ou algo que aprendeu fora da escola), é feita a chamada, preenchido o cartaz do tempo, o calendário, é controlada a hora do relógio. Em seguida, o professor traz um ensinamento novo de qualquer uma das áreas do conhecimento exigindo dos alunos a atenção necessária para após executarem uma tarefa que se consolidará em conhecimento.

Depois deste momento, cada turma recebe um cronograma de horários para uso dos ambientes e para que nestes, se executem as atividades contidas nos planejamentos específicas para cada espaço: a própria sala de aula (onde encontram-se materiais estimuladores das diferentes áreas), refeitório, banheiros, vida prática, praça, biblioteca, sala de vídeo, área ao ar livre.

Ocorrem também, momentos em que as crianças não estão ao mesmo tempo nos mesmos ambientes: dependendo do interesse individual, a turma se desmembra para atingir cada um. Um exemplo é quando um aluno tem muito interesse pela Vida Prática. Então ele prefere lavar roupa ao invés de realizar atividade no espaço de arte.

O período letivo é dividido em três trimestres, mas a escola prevê uma programação mensal baseando-se nas especificidades de cada turma com seus projetos e nas datas comemorativas. Planeja-se então, atividades que são comuns a todas as turmas e atividades que são restritas a cada faixa etária.

Os professores, monitores e funcionários tem uma carga horária de 20, 30 ou 40 horas. A gestão escolar organiza estas horas conforme as necessidades da escola priorizando a maioria dos profissionais no tempo em que existe maior fluxo de crianças e famílias. E isto difere a cada ciclo como por exemplo o período de inserção das crianças, as estações do ano, etc.

A EMEI Irmãs Bernardinas é um espaço pedagógico, onde o adulto tem o importante trabalho de mostrar o mundo para as crianças e deve diversificar ao máximo o lugar das atividades no tempo que dispõe, oportunizando-as além da escola. São realizados passeios a lugares históricos, naturais e atividades, entrevistas, excursões para outras cidades e espaços.

6.3 Organização dos espaços, equipamentos e materiais Os espaços em que as crianças circulam na escola infantil é um fator que vai permitir à criança muitas interações e consequentemente novas aprendizagens.

A EMEI Irmãs Bernardinas leva em conta alguns aspectos fundamentais como o número de crianças, o tamanho das salas, espaços internos e externos e como se pode organizá-los de forma a atender as características de cada um na sua individualidade de tal forma que possam realizarem atividades independentemente, sem a presença do adulto ao seu lado.

Na frente da escola se vê: um jardim com flores variadas que as crianças plantam, cultivam e preservam, pátio equipado com brinquedos como balanços, escorregador, gangorra, casinhas de boneca. Neste espaço são oferecidos materiais para manipulação com pedras, água, areia e brinquedos. Ali se instala um riquíssimo faz-de-conta e uma grande possibilidade da criança expandir suas capacidades corporais, de linguagem, executar movimentos, interagir e criar brincadeiras espontâneas.

Um espaço privilegiado que contempla a vida prática e a biblioteca é a área coberta da escola: nestes, ricas e livres explorações, interações e aprendizagem são fotografadas no dia a dia escolar.

A Vida Prática é um espaço onde está estruturada uma casa com mobiliários, materiais e objetos próprios para cada peça. As crianças tem a oportunidade de interagirem umas com as outras, criar situações de aprendizagem e estímulo aos movimentos. Lavam, estendem e passam roupa, lavam e secam louça, confeccionam e servem chás, cafezinho, sucos, frutas, alimentos, organizam os armários, gavetas, dão banho no bebê, etc.

Na biblioteca, as crianças têm livre acesso aos livros, manuseiam sentadas, deitadas, contam histórias para os colegas e escutam histórias planejadas pelos professores. Retiram livros e levam para fazerem suas leituras em casa. Tem acesso à fantoches, personagens de histórias, fantasias e a um palco para realizarem apresentações artísticas.

As salas de aula possuem mesas, cadeiras, bancadas, estantes com materiais pedagógicos e didáticos. As crianças são estimuladas a utilizarem os materiais, a circularem pela sala em ordem, a manterem as salas e os materiais organizados. São reorganizadas pelo professor com o auxílio do aluno de tempo em tempo. São substituídos materiais das diferentes áreas do conhecimento, brinquedos e são expostos cartazes significativos sobre o projeto de cada turma.



A cozinha, o refeitório, a sala dos professores e a sala de vídeo encontram-se numa mesma peça. Mesmo com esta realidade, se consegue estabelecer limites entre um espaço e outro. Por uma questão de higiene e privacidade, apenas quem tem acesso à cozinha é a serviçal que cuida do armazenamento, preparo e servida dos alimentos.

No refeitório, as crianças fazem duas refeições: lanche da manhã/tarde, almoço e janta. Duas mesas comportam uma turma. Em uma outra mesa, é servido um buffet, momento em que as crianças têm possibilidade de escolherem seus alimentos e exercitarem a motricidade fina ao segurarem o prato e talheres, servirem-se e comerem com garfo e faca.

Na sala dos professores, existem cadeiras, puffs, uma mesinha de centro, um armário para que sejam colocados materiais de uso pessoal e uma estante com materiais para pesquisa e sugestões de atividades.

A sala da direção e supervisão é um espaço múltiplo: serve para atendimento às visitas, pais, alunos e professores, para que sejam armazenados os jogos e materiais montessorianos.

O almoxarifado, que é um espaço muito pequeno, apenas armazena os produtos de limpeza e os eletrodomésticos.

A secretaria compõe-se de uma mesa, um armário, uma cadeira e prateleiras fixadas nas paredes para arquivos, documentos dos alunos e funcionários e material de expediente.

Nos fundos, existe uma área ao ar livre com areia. Os professores realizam com as crianças as atividades relacionadas à coordenação motora ampla. Os demais materiais como por exemplo de atividades físicas e recreativas são organizados em espaços itinerantes pois não tem espaço próprio.

A decoração da escola é feita baseada nas concepções de educação e cuidados. Permite-se a participação das crianças nas escolhas e nas confecções dos materiais decorativos desde que não sejam expostas ao perigo.

6.4 Organização das crianças

A EMEI Irmãs Bernardinas, em sintonia com as normas estabelecidas pela Resolução CME/CEI nº2 de 2008 estabelece, em primeira instância, o critério idade para formar seus grupos de crianças.

Para ingressarem no Maternal, as crianças deverão ter 3 anos ou completar esta idade até o dia 31 de março. Para ingressarem no Pré-nível I, as crianças deverão ter 4 anos ou completar esta idade até o dia 31 de março. As crianças, para estarem no Pré-nível II, deverão ter 5 anos ou completar esta idade até o dia 31 de março.

O maternal admite 15 crianças por professor.

O Pré- nível I admite 20 crianças por professor.

O Pré- nível II admite 20 crianças por professor.

Caso exceda esse número, adimite-se uma auxiliar na sala de aula.

São oportunizados muitos momentos de interação entre crianças de idades diferentes: com brincadeiras dirigidas, com brincadeiras de faz-de-conta, com promoção de diálogos, etc. O entendimento da escola é que esta prática contribui no que tange às novas experiências, às novas descobertas e às novas interações que se transformam em valores para uma convivência plena, por isso são realizadas atividades ao mesmo tempo em espaços diferentes mesmo as crianças fazendo parte de um mesmo grupo. Neste caso, é oferecida à criança a oportunidade de múltipla escolha.

6.5 Organização das metodologias de trabalho Um currículo consistente requer práticas alicerçadas e embasadas em metodologias desafiadoras, isto é, ações pedagógicas que tenham objetivos claros e que visem o desenvolvimento integral dos alunos.

É importante que cada segmento da escola tenha claro o seu papel: pais, alunos, professores, funcionários e a equipe diretiva precisam saber como exercer sua função e como cada uma das decisões tomadas irão repercutir.

A escola, baseada nos planos de trabalho para cada faixa etária e nas exigências legais sobre o atendimento infantil, propõe uma metodologia que percebe o aluno como ser social em pleno desenvolvimento. Acredita que as necessidades deste aluno é que alavancam a prática cotidiana da escola, oportunizando condições ambientais, estruturais e didáticas para que cada um tenha liberdade de ação e expressão e a partir desta encontrem mecanismos para avançarem em sua aprendizagem.

Acredita na corrente que propõe a interação da criança com o meio e com os outros, numa interação lúdica que vá além da motivação para que aconteça o processo de ensinar e aprender, mas que através do jogo, da brincadeira e das interações se instale uma dialética constante para a construção do conhecimento.

A criança é respeitada em suas vontades, opiniões, escolhas, preferências. É estimulada a exercer uma postura crítica e ativa sobre tudo que acontece.

A escola, junto às crianças, estabelecem regras para um bom convívio entre todos. Estas auxiliam na compreensão da criança de como agir em diferentes situações do seu dia-a-dia.

Na escola, a proposta montessoriana é um elemento fundamental quando se pensa em aprendizagem significativa. Esta prática oportuniza a presença efetiva do professor, o acompanhamento detalhado dos processos e avanços de cada criança, a oferta de materiais específicos para cada área do conhecimento, a utilização de mecanismos cerebrais de apreensão de saberes por parte do aluno, a possibilidade da vivência de situações reais da vida prática.

As inteligências múltiplas se entrelaçam com a prática montessoriana porque a oferta de possibilidades é vasta. Então a vivência com linguagem, artes, a matemática, conhecimento de mundo, atividade física, relacionamento inter e intrapessoal acontecem o tempo todo.

São criados projetos de trabalho em que são elencados temas relevantes para serem desenvolvidos e se transformarem e conhecimentos pelas crianças. Os temas destes projetos desencadeiam uma gama de atividades, pesquisas, experiências, observações, registros, descobertas.

É importante considerar que a própria organização do espaço instiga a criança a aprender e a viver situações desafiadoras de aprendizagem. Os brinquedos, os materiais montessorianos, os materiais recreativos e de literatura estão sempre à disposição suscitando livre e interventiva ação do aluno sobre estes.

O professor é o personagem principal na elaboração de uma metodologia que atenda às exigências do universo infantil.ROBAINA, 2008, p.20 afirma que:

É o professor o responsável pelo arranjo de contingências reforçadas para o aluno. É ele quem seleciona os estímulos antecedentes (decoração de salas, material didático, disposição dos alunos) e os consequentes ao comportamento do aluno (elogio, informação de acerto, estímulos). Uma das condições para que se garanta uma aprendizagem significativa é que o aluno tenha interesse em aprender e que o material de aprendizagem seja realmente significativo.

6.6 Organização dos instrumentos de trabalho do professor

Os professores precisam dar conta de algumas atribuições importantes para o bom processo pedagógico da escola. Planejar, executar e avaliar são ações que precisam acontecer de forma simultânea e gerar uma ação-reflexão-ação.

Para planejarem, executarem e avaliarem, os professores dispõe de instrumentos teóricos e didáticos subsidiadores e dos materiais recreativos, jogos e espaços que a escola dispõe e é de conhecimento de todos.

O professor direciona um olhar atento e observador sobre todas as situações vivenciadas pelas crianças na escola.

Os registros são feitos através de planilha de acompanhamento do processo de aprendizagem das crianças, através de um diário de bordo onde constam todas as anotações individuais de cada aluno, de portfólios das produções dos alunos, de fotos, vídeos e álbuns.

Estes registros de coleta de dados e de legitimação da aprendizagem dos alunos são transformados na avaliação trimestral que é entregue às famílias no final de cada ciclo.

Algumas atribuições, como por exemplo, as que constam nos itens abaixo, são seriamente trabalhadas de forma minuciosa pelo grupo de trabalho da escola para que seja possível atender as necessidade infantis:

- Atender sempre em primeiro lugar as crianças nas suas necessidades físicas, emocionais, sociais e cognitivas no que tange o educar e o cuidar;

- Ser pontual nos prazos estabelecidos para entrega de todos os materiais solicitados pela direção e supervisão. Para que isso seja possível, é necessário manter tudo em dia;

- Manter junto à supervisão, pelo menos três planos steps para sua turma com roteiro e horário para todas as atividades que serão executadas. Servem para uma eventual falta de urgência;

- Estar atento ao calendário escolar e da SME;

- Agendar e comprometer-se com os avisos passados pela supervisão ou direção;

- Ser cordial com as famílias das crianças atendidas, manifestando um diálogo profissional, ético, breve e amigável;

- Evitar conversar com pais sobre desenvolvimento e atitudes do aluno no período de entrada e saída. Quando necessário, sugerir que supervisão agende um horário para dialogar com esta família ou encaminhar no mesmo momento a situação para a Equipe Diretiva;

- Evitar diálogo com os pares ou funcionários que venha a desviar sua atenção em relação às crianças;

- Na necessidade de algum material além do que a Mantenedora oferece, solicitar à direção para que seja dialogada a possibilidade da aquisição do mesmo;

- Em caso de necessidade, solicitar à supervisão um auxílio na digitação de alguma atividade;

- Planejar, executar e avaliar de diferentes formas todo processo pedagógico;

- O afeto e a atenção são posturas indispensáveis no atendimento ao aluno;

- Que os projetos de trabalho criados estejam de acordo com os Planos de Trabalho, com o Projeto Piloto, com a Pedagogia das Inteligências Múltiplas e Montessoriana;

- No planejamento do professor deverá constar os objetivos e as atividades pensadas para cada dia de aula;

- Para contribuir na avaliação trimestral cada professor e monitor deverá ter seu diário de campo. Nele consta todas as investigações, observações e constatações feitas sobre os alunos para compor a avaliação final. Também é sugerido que cada professor construa um portfólio com produções das crianças em diferentes aspectos para que se possa comparar os avanços ao longo do período letivo;

- O planejamento é construído e visto junto a supervisão;

- Ter cuidado para chamar cada aluno pelo seu próprio nome para reforçar a identidade de cada criança.

- Ser responsável pela organização e por manter a riqueza de possibilidades de aprendizagem do seu espaço docente (sala de aula). Também responsabilizar-se junto aos alunos por manter em ordem os outros espaços utilizados no ambiente escolar;

- Estar atento aos seus horários que constam na organização espaço-tempo no sentido de: serem utilizados, cuidarem horário de chegada e saída contribuindo para o bom andamento da rotina da escola;

- Todo aviso, pedido ou solicitação à família deve ser discutido com a Equipe Diretiva antes do envio;

- Evitar não se retirar da sala de aula deixando os alunos sozinhos ou com a auxiliar. Quando necessário pedir para uma monitora já que o professor necessita estar inteiramente envolvido em seu fazer pedagógico junto às crianças;

- Não descuidar dos alunos que circulam sozinhos pela escola, especialmente quando estão no banheiro;

- Organizar antes do início da aula todo material pedagógico, recreativo e/ou recursos que utilizará em sua aula;

- Orientar antecipadamente as crianças a cada nova atividade: postura, organização, construção de regras;

- Manter na sala os seguintes cartazes ou recursos para exploração com as crianças: calendário/tempo; frequência, aniversariantes, alfabeto, numerais, espaço para exposição das produções das crianças;

- É possível fazer parte do planejamento semanal do professor: jogos (pedagógicos/montessorianos), modelagem, versar e transpor sólidos e líquidos, atividades físicas de movimento, força, agilidade, expressão corpo-espacial com e sem intervenção, atividade de arte (desenho/sucata/pintura/escultura/técnicas de pintura/história da arte/apreciação de obras de arte), contação de história e diferentes formas de interpretação da mesma, roda de conversa, apreciação de gravuras e imagens, bingo, pesquisa em material impresso, teatro, dança, entrevista, filme e problematização do mesmo, jogos virtuais, situações-problema, trava-língua, poesia, advinhações, culinária, plantio e colheita,...

- Importante rechear a sua sala de aula e manter ao alcance dos alunos: material impresso diverso, jogos da escola e confeccionados pelo professor(que explorem as diferentes habilidades), relógio, caixa surpresa para distinguir sabores, cheiros, sons, sensação tátil, percepção visual, material de relacionamento do nome à gravura de objeto, animal, planta, alimento,...;

- É importante que a escola esteja em harmonia: crianças desenvolvendo suas habilidades com menor tom de voz ou silêncio possível, professor e monitor com limite no tom de voz, etc;

- É de conhecimento de todos que as culturas africana e indígena devem compor o plano de ensino, neste caso levar este aspecto em consideração ao construir seus projetos de trabalho;

- Diariamente, principalmente na chegada, manifestar atenção e afeto necessários para despertar a confiança e estreitar o vínculo entre professor-aluno. Na saída, sempre incentivar o aluno a vir no próximo dia, que vai sentir saudade, que acontecerão atividades interessantes;

- Ter o cuidado necessário com as crianças para evitar risco de acidente, perceber sintoma de febre ou alguma indisposição da criança.Na saída, verificar se a agenda está em dia, se o aluno está levando todo material que trouxe e se está com o mesmo aspecto inicial: calçados amarrados, cabelos organizados, vestido,...;

- Será dado sinal para entrada e saída. O professor deverá organizar uma fila para entrar com seus alunos. Na saída, os alunos deverão estar prontos para ir embora 5 minutos antes do sinal que será dado às 11h20min e às 17h20min. Prestar atenção nos alunos que viajam de transporte escolar;

- Esforçar-se para manter um ambiente de diálogo e troca na escola, evitando comentários paralelos que não venham a contribuir com seu trabalho e com o bom relacionamento entre todos;

- Engajar-se nos projetos construídos na escola de forma que os mesmos, diante da colaboração de todos, tenha o sucesso esperado.

Com todos estes itens sendo refletidos diariamente pela equipe da escola, é possível vislumbrar um trabalho sério e ao mesmo tempo comprometido.

6.7 Organização dos profissionais e de suas condições de trabalho

A política de Educação Infantil, que foi divulgada em 1994 com as Diretrizes, no quesito política de recursos humanos, apresenta muitas ideias sobre o profissional que deve atuar nas escolas infantis como por exemplo a valorização, a formação e a especialização dos mesmos.

A EMEI Irmãs Bernardinas é privilegiada pois conta com professores titulados pelo menos na modalidade mínima exigida (curso normal) e alguns destes já concluíram ou estão em andamento no seu curso superior.

Os professores auxiliares também tem a modalidade mínima exigida (curso normal) ou estão em andamento nesta modalidade.

Tanto a escola como a SME tem a responsabilidade na formação continuada destes profissionais: promovem encontros de atualização, palestras com profissionais habilitados nas diferentes áreas, momentos de reflexão sobre a prática, oficinas de construção e exploração de materiais pedagógicos, etc.

6.8 Organização do trabalho com a comunidade e com a família

As famílias têm grande importância nos planejamentos da escola.

Para esta instituição, família na escola é garantia de maior qualidade no seu trabalho. São pensadas atividades estratégicas de inseri-las e engajá-las no contexto escolar:

Algumas estratégias são:

- Reuniões para esclarecimento sobre o trabalho pedagógico da escola;

- Explanação dos objetivos da escola;

- Projetos que contemplem o envolvimento efetivo das famílias;

- Abertura da escola para que conheçam de fato o que se desenvolve no seu interior;

- Postura de cordialidade, respeito e atenção às suas necessidades e reivindicações;

- Promoção de eventos e atividades esportivas, culturais, de lazer e de conhecimento de mundo;

- Avaliação: parecer da família sobre as impressões da escola.

Um acolhimento sadio e sério da escola, remete à comunidade a firmeza de seus objetivos. Por isso é que se propõe a corresponder de fato, todas as expectativas de sua clientela.

Após o período de inserção das crianças é realizada uma reunião para que se construa uma forma de convívio participativa, respeitosa e parceira entre escola e família.

6.9 Organização das formas de articulação da Educação Infantil com o Ensino Fundamental

O ingresso da criança da educação infantil no ensino fundamental acontece baseado na premissa de que elas precisam ser preparadas para não angustiarem-se pela troca de professores, de escola, etc. A escola procura fazer tanto as crianças como as famílias encararem a passagem para uma nova etapa como algo positivo, que fará a criança aprender mais e saber encarar de forma madura as novas experiências que virão.

As crianças do Nível II têm como último projeto exatamente este eixo, esta transição: as professoras estimulam a conhecerem a nova escola, a passarem uma tarde convivendo com a rotina deste novo ambiente e convoca as famílias a solicitarem às novas escolas de Ensino Fundamental o mesmo tratamento de valorização da infância que existe nas escolas de educação infantil.

6.10 Organização das formas de gestão institucional A direção e a supervisão da escola têm um importante papel na mediação entre os diferentes segmentos da escola. Administrar um espaço onde circundam diferentes pontos de vista, diferentes expectativas, diferentes formas de ver a educação não é nada fácil, mas com a busca de formas diferentes de contemplar os anseios de todos busca-se um denominador comum.

Umas das referências desta escola é que a sua gestão é completamente democrática. Todos os colaboradores têm voz e vez. Juntos, constroem planejamentos, realizam e avaliam.

Os colaboradores desfrutam de autonomia para elaborarem suas práticas com criatividade e comprometimento e ao mesmo tempo devem ser solícitos quando precisam melhorar o padrão de qualidade.

As reuniões são organizadas de forma interativa: acontecem com a participação de todos, e cada um é avaliado conforme seu esforço em dar seu máximo para contribuir com o bom andamento das atividades da escola.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebe-se que a responsabilidade da escola diante das transformações e exigências da sociedade é grandiosa.

Desenvolver um trabalho consciente e de acordo com as necessidades da comunidade não deve ser utopia pois é preciso a partir de uma reflexão acerca do que se espera da escola, tornar nova a cada dia, múltipla, plena e capaz de contemplar todos os momentos, tempos e espaços da infância.

Gestão ativa, profissionais habilitados e mobilizados, funcionários motivados e envolvidos no processo resultam numa Proposta Pedagógica consistente na EMEI Irmãs Bernardinas.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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_______Decreto Federal. Regulamenta as leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000 e 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Acessibilidade e prioridade no atendimento. Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Brasília – DF, 2004.

_______Lei Federal. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília – DF, 1996.

_______Lei Federal. Estatuto da criança e do adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Brasília – DF, 1996.

_______Ministério da Educação e do desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998, v.1,2 e 3.

CRAIDY, Carmem Maria. O educador de todos os dias. Cadernos de Educação infantil 13. Porto Alegre: Mediação, 1999.

HOFFMANN, Jussara; SILVA, Maria Beatriz G. da. Ação Educativa na creche. Porto Alegre: Mediação, 1995.

MACHADO, Patrícia Brum. Comportamento Infantil: estabelecendo limites. Porto Alegre: Mediação, 2002.

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ROBAINA, José Vicente Lima. Aprendizagem significativa. Revista do professor. Porto Alegre: Editora CPOEC, 2008.

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SILVA, Cristiane Rodrigues da. A construção do currículo da educação Infantil. Araraquara, 2003. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade estadual Paulista – UNESP.

SMANIO, G.P.Estatuto da criança e do adolescente: integra a lei 8.069, de 13 de julho de 1990. Porto Alegre: Artmed, 2000.